PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
Última redação por Urias Smith (conforme
impresso no Year Book de 1911)
Os adventistas do Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam um certo número de pontos bem definidos de fé, pelos quais estão preparados para dar “a todo homem que pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem ser entendidas como um resumo dos principais traços de sua fé religiosa, sobre os quais existe, na medida do que é conhecido, completa unanimidade por todo o corpo. Eles crêem:
1. Que existe um só Deus,
pessoal, um Ser Espiritual, o Criador de todas as coisas, Onipotente,
Onisciente, e Eterno; Infinito em conhecimento, santidade, justiça, bondade,
verdade e misericórdia; imutável, e presente em todos os lugares por seu representante, o Espírito Santo.
Salmo 139:7.
2. Que existe um Senhor,
Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, o único por quem foram criadas todas
as coisas, e por meio de quem elas existem; que ele tomou a natureza da
semente de Abraão para a redenção de nossa raça caída; que ele residiu
entre os homens, cheio de graça e verdade, viveu nosso exemplo, morreu nosso
sacrifício, foi ressuscitado para nossa justificação, ascendeu ao alto para ser
nosso único mediador no santuário celestial, onde através dos méritos de seu
sangue derramado, assegurou o perdão e absolvição dos pecados de todos aqueles
que persistentemente se achegam a Ele; e como o encerramento de parte do seu
trabalho de sacerdote, antes de assentar-se em seu trono como Rei, ele
realizará a expiação por todos eles, e todos os pecados deles cometidos fora do
santuário serão apagados (atos 3:19), como mostrado no serviço do sacerdócio
levítico, o qual apontava e prefigurava o ministério de nosso Senhor no Céu.
Veja Levítico 16; Hebreus 8:4, 5; 9:6, 7.
3. Que as Santas
Escrituras do Velho e do Novo Testamento foram dadas pela inspiração de
Deus, possuem uma completa revelação de Sua vontade para o homem, e são a
única e infalível regra de fé e prática.
4. O Batismo é uma ordenança
da igreja cristã para acompanhar fé e arrependimento, - uma ordenança na qual
comemoramos a ressurreição de Cristo, que por este ato demonstramos nossa fé em
sua morte e ressurreição, e por meio da qual, na ressurreição de todos os
santos dos últimos dias; e que, não existe outro meio mais adequado para
representar estes fatos que as Escrituras prescrevem, denominado, imersão.
5. Que o novo nascimento
compreende uma completa mudança necessária para nos preparar para o Reino de
Deus, e que consiste de duas partes: Primeira, uma transformação moral moldado
pela conversão e uma vida cristã (João 5:3); segunda, uma mudança corporal por
ocasião da segunda vinda de Cristo, segundo a qual, se morrermos, nós
ressuscitaremos incorruptíveis, e se estivermos vivos, seremos transformados
para a imortalidade num momento, em um piscar de olhos. Lucas 20:36; I
Corintios 15: 51, 52.
6. Que a Profecia é uma
parte da revelação de Deus ao homem; que ela está inserida nas Escrituras,
a qual é proveitosa para instrução (II Tim. 3:16); que ela é designada para nós
e para nossos filhos (Deut. 29:29); que, em grande parte, sua existência está
envolvida em impenetrável mistério; é ela que constitui especialmente a Palavra
de Deus numa Lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sal.
119:105; II Ped. 1:19); que uma bênção é pronunciada sobre aqueles que a
estudam (Apocalipse. 1:3); e que, conseqüentemente; ela pode ser compreendida
suficientemente pelo povo de Deus para mostrar-lhes a sua posição na história
do mundo e a especial responsabilidade colocada em suas mãos.
7. Que a história mundial
possui datas marcadas no passado, o surgimento e queda dos impérios, e a
sucessão cronológica de eventos que servem de plano de fundo do Reino Eterno de
Deus, são delineadas numa grande corrente de profecias; e que todas essas profecias
estão agora cumprindo-se nas cenas finais.
8. Que a doutrina da
conversão mundial e um milênio temporal é uma mentira destes últimos dias,
arquitetada para aquietar os homens no estado de segurança carnal, induzindo-os
a serem surpreendidos pelo grande dia do Senhor como o ladrão de noite (I Tess.
5:3); que a segunda vinda de Cristo precede, não segue, o milênio; até o
Senhor aparecer, o poder papal, com todas as suas abominações, continua
(II Tess. 2:8), como o trigo e o joio crescem juntos (Mateus 13:29, 30 e 39), e
o sedutor homem da iniqüidade torna-se cada vez pior, como a Palavra
de Deus declara. II Tim. 3:1 e 13.
9. Que o erro dos
Adventistas em 1844 pertenceu à natureza do evento a expirar, não ao período de
tempo, pois nenhum período profético é dado a estender-se até a segunda vinda,
mas que o mais longo período, é dos dois mil e trezentos dias de Daniel 8:14, terminando
em 1844, nos conduzindo a um acontecimento denominado e conhecido como a
purificação do santuário.
10. Que o Santuário da nova
aliança é o tabernáculo de Deus no Céu, do qual Paulo fala em Hebreus 8 e mais
adiante, e do qual nosso Senhor, como o Grande sumo-sacerdote, é ministro; que
este santuário é o antítipo do tabernáculo Mosaico, e que o ministério
sacerdotal de nosso Senhor, associado a isso, é o antítipo do ministério dos
sacerdotes judeus da antiga dispensação (Heb. 8:1-5); que este, e não a terra,
é o santuário a ser purificado no final dos dois mil e trezentos dias, a qual é
denominada esta purificação, sendo neste caso, como na figura, simplesmente a
entrada do sumo-sacerdote no lugar santíssimo, para finalizar o ministério
através da obra de expiação e eliminação dos pecados dos crentes que se
encontram no primeiro compartimento do santuário (Atos 3:19), (Levítico 16;
Heb. 9:22, 23); e que este trabalho é o antítipo, iniciando em 1844,
consistindo na atual eliminação dos pecados dos crentes (Atos 4:19), e ocupa um
breve e indefinido espaço de tempo, até à sua conclusão, no qual o período de
graça para o mundo será finalizado, e o segundo advento de Cristo chegará.
11. Que os requisitos morais
de Deus são os mesmos para todos os homens em todas as dispensações; que estes
estão sumariamente contidos nos mandamentos proclamados por YAHUH do Sinai,
gravados em tábuas de pedra, e colocados na arca, a qual era chamada de “arca
da aliança” ou do concerto (Num. 10:33; Heb. 9:4, etc); que esta lei é imutável
e perpétua, sendo uma transcrição das tábuas colocadas na arca no verdadeiro
santuário que se encontra no céu, o qual é também, pela mesma razão, chamada a
arca do concerto de Deus; ao soar da sétima trombeta nós saberemos que “o
Templo de Deus foi aberto no céu, e foi vista em seu templo a arca de seu
concerto.” Apoc. 11:19.
12. Que o quarto mandamento
desta lei requer que nós dediquemos o sétimo dia de cada semana, comumente
chamado de Sábado, para nos abster de nosso labor, para a realização do sagrado
serviço religioso; que este é um único Sábado declarado na Bíblia, sendo o dia
que era separado antes no Paraíso perdido (Gênesis 2:2, 3), e o qual será
observado no Paraíso restaurado (Isa. 66:22, 23); que a realidade sobre a qual
a instituição do Sábado está baseada delimita-o ao sétimo dia, e nenhum outro
dia como verdadeiro, e que o termo, Sábado Judeu, é aplicado ao sétimo dia, e
Sábado cristão, como aplicado ao primeiro dia da semana, são termos de invenção
humana, sem provas escriturísticas, e falsas em seu significado.
13. Que como o homem do
pecado, o papado, intentou mudar os tempos e as leis (a lei de Deus,
Dan. 7:25), e enganou a maior parte da cristandade com respeito ao quarto
mandamento, nós encontramos uma profecia de reforma neste aspecto para
ser realizada entre os crentes precisamente antes do retorno de Cristo. Isa.
56:1, 2; I Ped. 1:5; Apoc. 14:12, etc.
14. Que os seguidores de
Cristo devem ser um povo peculiar, não seguindo o aforismo, nem andando nos
caminhos do mundo; não amando seus prazeres, nem permitindo estas coisas,
considerando o que os apóstolos disseram que “todo aquele que é” neste assunto
“um amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tiago 4:4); e Cristo disse que nós não
podemos ter dois senhores, ou, ao mesmo tempo, servir a Deus e aos prazeres.
Mat. 6:24.
15. Que as Escrituras
insistem sobre a simplicidade e modéstia no vestir como uma importante marca do
discipulado naqueles que professam ser seguidores dAquele que “é humilde e
manso de coração”; que os vestidos de ouro, pérolas, e vestes caras, e qualquer
outro feito para adornar a pessoa, estimula o orgulho do coração natural, e
deve ser descartado de acordo com I Tim. 2:9, 10; I Ped. 3:3, 4.
16. Que os meios para o
suporte da pregação do evangelho entre os homens deverão ser estimulados
pelo amor a Deus e às almas, não por sorteios ou loterias de igrejas,
ou ocasiões designadas para contribuir para divertimentos frívolos, as
inclinações do pecado para a satisfação do apetite, quermesses, festivais,
eventos sociais insanos, etc, as quais são uma desgraça para a professa igreja
de Cristo; que a proporção de um rendimento na primeira dispensação não poder
ser menor sob o evangelho; que ela é a mesma que Abraão (de quem somos filhos,
se nós somos de Cristo Gál. 3:29) pagou a Melquisedeque (tipo de Cristo) quando
ele deu um décimo de tudo (Heb. 7:1-4), o dízimo é do Senhor (Lev. 27:30) e
este décimo de um rendimento é também para ser suplementado pelas ofertas
daqueles que estão prontos a dar suporte ao evangelho. II Cor. 2:9; Mal.
3: 8, 10.
17. Que o coração carnal ou
natural é inimigo de Deus e de sua lei, este inimigo só pode ser subjugado
somente através de uma transformação radical das afeições, e a substituição dos
princípios não santificados por princípios santificados; que esta transformação
compreende o arrependimento e a fé, e é uma obra especial realizada pelo
Espírito Santo, que constitui a conversão ou regeneração.
18. Que todos têm violado a
lei de Deus, e não podem por si mesmos render obediência aos Seus justos reclamos,
nós somos dependentes de Cristo, primeiro, para justificação de nossas ofensas
passadas, e, segundo, através da sua graça, podemos render-lhe uma obediência
aceitável à sua santa lei, nas horas certas que virão.
19. Que
o Espírito de Deus foi prometido para manifestar-se (itself) na igreja através de certos dons, referidos em I Cor. 12
e Efésios 4; que estes dons não são designados para substituir, ou tomar o
lugar da Bíblia, a qual é suficiente para nos fazer sábios para a salvação,
além disso a Bíblia pode nos fazer entender a posição do Espírito Santo; em
específico os vários canais de sua (its)
operação, que o Espírito Santo foi feito simplesmente provisão em relação a (its)sua própria existência e presença
com o povo de Deus para o fim dos dias a fim de guiá-los à compreensão da
Palavra a qual ele (it)
inspirou, para convencer do pecado, e realizar uma obra de transformação no
coração e na vida, e aqueles que negam ao Espírito seu (it) lugar e operação, fazem claramente uma negação da parte da Bíblia
que determina a ele (it) seu
trabalho e posição.
20. Que Deus, em concordância
com seu relacionamento uniforme com a raça, envia avante uma proclamação da
proximidade do segundo advento de Cristo; e que este trabalho é simbolizado
pelas três mensagens de Apocalipse 14, a última mensagem traz uma visão do trabalho
de reforma sobre a lei de Deus, e que seu povo pode adquirir uma completa
preparação para o Segundo Advento.
21. Que o tempo da
purificação do santuário (veja proposição 10) sincroniza-se com o tempo da
proclamação da terceira mensagem (Apocalipse 14:9, 10), é o tempo do juízo
investigativo, primeiro com respeito aos mortos, segundo, com respeito aos
vivos, para determinar quem dos milhares que agora dormem no pó da terra são
dignos de tomar parte na primeira ressurreição, e as multidões dos vivos são
dignos da transladação, - ponto que será determinado antes do aparecimento do
Senhor.
22. Que a sepultura, local
para o qual todos tendemos a ir, expressa pela palavra hebraica “sheol” e a
palavra grega “hades”, é um lugar ou condição, no qual não existe trabalho,
artimanhas, sabedoria, nem conhecimento. Eclesiastes 9:10.
23. Que o estado no qual
somos reduzidos pela morte é um silêncio de inatividade, e completa
inconsciência. Sal. 146:4; Ecles. 9:5,6; Dan. 12:2.
24. Que a humanidade
estará fora desta prisão da sepultura, causada pela ressurreição corporal, os
justos terão parte na primeira ressurreição, que terá lugar na Segunda Vinda de
Cristo, e os injustos na segunda ressurreição, que acontecerá após o milênio.
Apoc. 20:4-6.
25. Que ao soar da última
trombeta, os justos vivos, serão transformados em um momento, num piscar de
olhos, e que os justos ressurretos serão transladados ao encontro com o Senhor
nos ares, então estarão para sempre com o Senhor. Tess. 4:16, 17; I Cor. 15:51,
52.
26. Que esses imortalizados,
serão levados ao céu, para a Nova Jerusalém, para a casa do Pai, na qual
existem muitas mansões (João 14:1-3), onde eles reinarão com Cristo por mil
anos, julgando o mundo e os anjos caídos, isto é, que está preparada a punição
que será executada sobre eles no final dos mil anos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2,3);
que durante este período a terra se encontrará e uma desolada e caótica
condição (Jer. 4:23-27), descrita como no princípio, pelo termo grego “abussos”
(abismo, septuaginta de Gen. 1:2); e que aqui Satanás estará confinado durantes
os mil anos (Apoc. 20:1, 2), e aqui será finalmente destruído (Apoc. 20:10;
Mal. 4:1); ele forjou o lugar de destruição no universo sendo apropriadamente
feito, por um período de tempo, sua prisão sombria, e conseqüentemente o lugar
de sua execução final.
27. Que no final dos mil anos
o Senhor descerá com seu povo e a Nova Jerusalém (Apoc. 21:2), e os ímpios
mortos serão ressuscitados e virão sobre a superfície da ainda não renovada
terra, e se reunirão ao redor da cidade, o acampamento dos santos (Apoc. 20:9),
e o fogo de Deus descerá e os devorará. Eles serão consumidos, raiz e ramo
(Mal. 4:1), tornando com se nunca houvessem existido (Obadias 15, 16). Nesta
eterna destruição da presença do Senhor ( II Tess. 1:9), os ímpios estarão
reunidos na “punição eterna” preparada contra eles (Mat. 25:46), a qual é a
morte eterna. Rom. 6:23; Apoc. 20:14, 15. Esta é a perdição dos homens
descrentes, e o fogo o qual os consumirá será o fogo que por seu intermédio “os
céus e a terra, estão agora... reservados”, os quais os elementos serão
destruídos com intensidade, e purificará a terra da profunda mancha da maldição
do pecado. II Pedro 3:17-12.
28. Que
os novos céus e a nova terra brotarão das cinzas dos antigos céus e terra pelo
poder de Deus, e esta terra renovada com a nova Jerusalém para sua metrópole e
capital serão a eterna herança dos santos, o lugar onde a justiça residirá por
toda a eternidade. II Ped. 3:13; Sal. 37:11, 29; Mat. 5:5. --
Esses pontos mudaram,esse não é o atual.
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