Texto escrito por Ellen
White à Comissão Directiva da Review and Herald, em Novembro de 1901, relativo à impressão de
escritos espíritas, provavelmente do Dr. Kellogg, e talvez outros, antes do
fogo que Deus enviou sobre o sanatório de Battle Creek e mais tarde sobre a
Review and Herald.
“Aos administradores da
Review and Herald:
“Queridos Irmãos: O
desígnio de Deus no estabelecimento da editora em Battle Creek era que dela
brilhasse uma luz como de uma lâmpada. Isso é o que tem sido apresentado aos
administradores. Vez após outra se tem repetido a eles sobre a santidade do
escritório de publicações de Deus e da importância de manter sua pureza. Mas
eles perderam a verdadeira compreensão e se uniram com as forças do inimigo,
consentindo com a impressão de documentos e livros que continham os erros mais
perigosos que podem ser trazidos à existência. Eles têm fracassado em perceber
as influências más de tais sentimentos errôneos sobre digitadores, revisores, e
todos os outros que se ocuparam da impressão de tais textos. Estão
espiritualmente adormecidos. Por intermédio de alguns dos trabalhos externos
trazidos a essa instituição, a ciência de Satanás está sendo apresentada à
mente dos obreiros. A publicação de tais assuntos é uma desonra a Deus. Isso
deteriora a mente dos obreiros. Os administradores concordaram em imprimir por
um preço bem baixo. Qualquer lucro teria sido perda mesmo se um valor muito
mais alto houvesse sido pedido pelo trabalho. Recebi uma carta do irmão
Daniells, relativa à adição de outro edifício para o escritório da Review and
Herald. A resposta que apresento é: Não, não, não. Em vez de ampliar os
edifícios já erguidos, limpem o escritório do lixo de origem satânica, e vocês
ganharão espaço em todos os sentidos. (…)
Sinto um terror de alma
quando vejo a que ponto chegou nossa casa publicadora. As impressoras na instituição
de Deus estão imprimindo as teorias destruidoras da alma, apresentadas pelo
romanismo e outros mistérios da iniqüidade. O escritório deve ser purificado
desse objetável assunto. Tenho um testemunho de Deus para os que colocaram tal
assunto nas mãos dos obreiros. Deus os considera responsáveis por apresentarem
a homens e mulheres o fruto da árvore proibida do conhecimento. Será possível
que vocês não sabem das advertências dadas à Pacific Press quanto a esse
assunto? Será possível que com o conhecimento dessas advertências vocês estejam
indo pelo mesmo caminho, mas fazendo ainda muito pior? Tem se repetido
freqüentemente a vocês que anjos de Deus estão presentes em todas as partes da
editora. Que impressão deixou isso na mente de vocês?
Vocês colocaram matérias
que contêm os sentimentos de Satanás nas mãos dos obreiros, trazendo assim seus
enganosos e poluidores princípios até suas mentes. O Senhor olha para essa
acção da parte de vocês como uma ajuda a Satanás, quanto a preparar suas
armadilhas para apanhar as pessoas. Deus não considerará como inocentes os que
estão fazendo tal coisa. Ele tem uma controvérsia com os administradores da
editora. Tenho até medo de abrir a Review, temendo ver que Deus tenha
purificado a editora pelo fogo. (…)
O Senhor me instruiu de
que esses que não conseguem ver a maldade de cooperar com Satanás, publicando
suas falsidades, melhor fariam em buscar algum trabalho no qual não
conseguissem arruinar nossos jovens. Há o perigo de que o padrão da verdade e
retidão seja rebaixado a tal ponto que Deus tenha de executar Seus juízos sobre
os que praticam o mal.
É alto tempo de entendermos qual o espírito
que, durante anos, tem controlado os assuntos nos escritórios da Review and
Herald. Sinto-me horrorizada ao pensar
que a parte mais sutil do espiritualismo possa estar sendo colocada diante dos
obreiros de uma forma calculada para confundir e desconcertar a mente. Estejam
certos de que Satanás aproveitará essa vantagem concedida a ele. (…)
Oh, o que fará Deus com os
que permitiram isso? Será que Jesus irá permanecer no local de impressão,
atuando na mente das pessoas através dos Seus anjos, para tornar a verdade
impressa um poder para advertir o mundo de que o fim de todas as coisas está
próximo, enquanto Satanás tem permissão para perverter a mente dos obreiros,
justamente dentro da instituição? A luz que eu tenho é: recusem-se a imprimir
uma única linha adicional desse assunto pernicioso. Os que tiveram que ver com
a introdução desse material na editora têm de se arrepender diante de Deus em
contrição de alma, porque Sua ira está acesa contra eles. Seja esse tipo de
trabalho para sempre excluído de nossa editora. Dêem mais tempo à publicação e
circulação dos livros que contêm a verdade presente. Esforcem-se para que seu
trabalho nessa linha alcance a perfeição. Façam tudo que estiver em seu poder a
fim de difundir ao mundo a luz do Céu.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 8,
págs. 90-93.
Estas frases constituem
uma verdadeira advertência para todos aqueles que teimam em seguir na mesma
direcção tomada por Kellogg e alguns dirigentes da igreja de então. Certamente
que fogo e espada virão às instituições que foram dedicadas a Deus mas cuja
utilidade para o bem é nula.
Resumindo, “eles perderam
a verdadeira compreensão e se uniram com as forças do inimigo, consentindo com
a impressão de documentos e livros que continham os erros mais perigosos que
podem ser trazidos à existência”.
Que erros são estes?!
“As teorias destruidoras
da alma, apresentadas pelo romanismo e outros mistérios da iniquidade”, e “a
parte mais sutil do espiritualismo”.
Que teorias são estas?!
Que ensinam os católicos [ou romanistas]*?! Que mistérios são estes?! Que é o
espiritualismo (ou espiritismo), ou melhor, qual é a parte mais subtil do
mesmo?!
Sem dúvida o maior erro
que a igreja católica ensina é a trindade, no qual estão baseados todos os
outros:
“O mistério da Trindade é
a doutrina central da fé católica. Sobre ele estão baseados todos os outros
ensinamentos da Igreja.” Catecismo do Católico de Hoje, pág. 11, 12.
Sabemos que a trindade
nega que Jesus Cristo seja literalmente Filho de Deus, bem como que Deus seja o
Pai de Cristo.
“O espiritismo moderno,
repousando sobre a mesma base, não é senão um reavivamento, sob uma nova forma,
da feitiçaria e culto aos demônios que Deus condenou e proibiu na antiguidade.
Acha-se ele predito nas Escrituras, que declaram que "nos últimos tempos
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas
de demônios". I Tim. 4:1. Paulo, em segunda carta aos tessalonicenses,
indica a operação especial de Satanás pelo espiritismo, como um acontecimento a
ocorrer imediatamente antes do segundo advento de Cristo. Falando da segunda
vinda de Cristo, declara que ela é "segundo a eficácia de Satanás, com
todo o poder, e sinais e prodígios de mentira". II Tess. 2:9. E Pedro,
descrevendo os perigos a que a igreja estaria exposta nos últimos dias, diz
que, assim como houve falsos profetas que levaram Israel ao pecado, haverá
falsos ensinadores "que introduzirão encobertamente heresias de perdição,
e negarão o Senhor que os resgatou. ... E muitos seguirão as suas
dissoluções". II Ped. 2:1 e 2. Aqui o apóstolo indicou uma das mais
assinaladas características dos ensinadores espíritas. Eles se recusam a
reconhecer a Cristo como o Filho de Deus. Com relação a tais instrutores o
amado João declara: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é
o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega
o Filho, também não tem o Pai." I João 2:22 e 23. O espiritismo, negando a
Cristo, nega tanto ao Pai como ao Filho, e a Bíblia denuncia-o como
manifestações do anticristo.” Patriarcas e Profetas, pág. 686.
“Porque se introduziram
alguns” ou uma determinada classe, os quais negam o único Senhor Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo. … A forma pela qual os espiritualistas têm posto de parte
ou negado o único Senhor Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, é em primeiro lugar,
a utilização do antigo e anti-escriturístico credo trinitário, isto é, que
Jesus é Deus eterno, embora eles não tenham uma passagem das escrituras que dê
suporte a isso, enquanto nós temos claros testemunhos bíblicos em abundância
que ele é o Filho do Eterno Pai.” James White, The Day Star, 24 de Janeiro de
1846. (Ver também Trindade, pág. 235.)
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