O ÚLTIMO CHAMADO

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O MUNDO E A IGREJA - A TRISTE REALIDADE !


Faz anos li, em forma de poesia, numa revista de além-mar, uma interessantíssima objetiva, na qual Cristo e Sua igreja são exibidos como um par feliz de noivos e o mundo sedutor como namorado que consegue seduzir e furtar a noiva. Como a parábola apresentada é sumamente empolgante e extremamente útil à igreja da atualidade, passo a reproduzir aqui, adaptada e resumidamente, a tragédia da história:

Andavam em tempos idos a igreja e o mundo bem distantes e separados um do outro. Em certa altura do tempo, o mundo cantava uma canção divertida e alegre ao passo que a igreja cantava um hino religioso sacrossanto. Não tardou que o mundo, traiçoeiro e sedutor, se fosse aproximando da imaculada igreja com lisonjas e sorrisos, dizendo:
- Igrejinha, vem, anda comigo, dá-me a tua mão!
Entretanto, a santa virgem de Cristo solenemente respondeu:
- Não! Nunca te darei a mão de comunhão e jamais andarei contigo; tua estrada é o caminho da perdição e tuas obras são todas falsas e enganadoras.
- Deixa teu fanatismo, igrejinha; vem e anda comigo, pelo menos um pouquinho só, disse o mundo, com ar de aparente sinceridade. A estrada na qual eu ando é espaçosa, larga e divertida. Tua estrada é estreita, espinhosa e solitária. Tua sorte é triste, andas sozinha, e desamparada estás de todos. Eu vivo alegre, cercado de prazeres e muita gente. Vem, bela igrejinha, anda comigo, sê camarada e sociável. Em minha estrada há espaço para mim e para ti. Achega-te e andaremos juntos, passo a passo, ombro a ombro, de mãos dadas.
Meio tímida, com remorso, a igreja se aproximou do mundo, cabisbaixa, e lhe deu, relutante, a mão gélida. O mundo agarrou-lha e caminhavam ambos juntos...
Não demorou e o mundo cochichou, baixinho, aos ouvidos da igreja:
- Teu vestido é simples demais, fora da moda e sem encanto. Quem anda comigo deve andar como eu ando. Agradar-me-ás muito mais se usasses ouro, prata, pérolas, um pouco de pintura e vestidos mais justos e mais curtos. Teu cabelo comprido e desgracioso deves cortar e encrespar, e usar a elegante roupa da moda. Sê alegre; teus dias de luto passaram. Ninguém mais te perseguirá. De mais a mais, teus filhos necessitam de diversões, de festas, de passeios, de piqueniques e dos encantadores banhos em conjunto, nas praias.
Diante desta sugestão a igreja olhava para sua roupa simples e branca e olhava também para o mundo em seus trajes deslumbrantes, e corou de vergonha ao notar que os do mundo se riam de sua simplicidade.
- Pois bem, disse a igreja: Trocarei minha roupa branca e comprida por vestidos de sêda, decotados, justos e curtos, como o senhor gosta. A roupa branca e simples da igreja começou a desaparecer e o mundo lhe deu jóias e luxuosos vestidos no adôrno exterior, respondia com a máxima displicência: “Que é que tem? Todos fazem o mesmo.” Cessou então a perseguição que a igreja antes sofrera, foi convidada a festas, a banquetes, a reuniões sociais e políticas. Cessou o choro e o luto da igreja, porque ficara rica, querida e amada do mundo.
- Tua casa é simples demais, disse o mundo à igreja. Eu te farei uma vivenda bela como a minha – com cozinha para festas e salões para diversões!
Assim fêz o mundo à igreja uma luxuosa moradia com tapetes, geladeira, rádio, televisão, revista e novelas. Seus filhos e filhas, em dias de festas, se divertiam nela, e festas sociais, música e passeios substituíam, pouco a pouco, a oração e o jejum, e senhorinhas de rara beleza com seus encantos deslumbrantes como as sereias da antigüidade, inventavam os mais atrativos divertimentos.
Neste tempo o anjo da graça, voando por cima da igreja amante do mundo, disse:
- Eu conheço as tuas obras e a tua apostasia. Com esta declaração a igreja ficou triste e, aflita exclamou:
- Onde ficaram meus filhos?
Anelava agora salvá-los, ao ser informada de que eles haviam abandonado a religião e se achavam no baile, no cinema, nos clubes e na política. Outros estavam tão absortos na leitura de novelas, em programas de rádio e TV, que não mais tinham tempo, ou vontade, de assistirem aos cultos da igreja. Percebendo a situação aflitiva da igreja para salvar seus filhos, disse-lhe o mundo, em tom consolador:
- Teus filhos não estão em perigo; eles apenas se divertem um pouco em esportes inocentes. Consolada, a igreja se apoiava sobre o forte braço do mundo e continuavam na viagem da estrada larga.
- Vossos pregadores de cabelos brancos, são velhos e antiquados demais, disse, sorridente o mundo à igreja. Eles assustam meus filhos com histórias horríveis. Falam do fim do mundo, do julgamento final, de sete pragas, de arrependimento, enfim, de assuntos impopulares. Eu mandar-vos-ei oradores modernos, jovens brilhantes, eloqüentes, divertidos, diplomados nas universidades, doutores e reverendíssimos, de fama mundial, que pregam que todos se salvem contanto que tenham fé em Deus. O Pai é misericordioso e bom. Pensas tu que Ele levaria um filho Seu ao céu enquanto mandasse outro para o inferno?
Diante deste conselho a igreja chamou pregadores de fama mundial, dotados de capacidade rara, com meia dúzia de diplomas cada, e os velhos pregadores, encanecidos, que pregam a cruz, o arrependimento, a Lei de Deus, a oração e o jejum, foram despedidos dos púlpitos. O luxo e mamom entraram e sustentaram a igreja modernizada.
- Vós tendes dado demais para as missões e os pobres, continuou o mundo. Toma teu dinheiro e compra para ti algo do último modelo...
Obediente aos reclamos do mundo, a igreja apertou a argola da bolsa e, abaixando graciosamente a cabeça, disse:
- É verdade, tenho dado muito para a Obra; agora vou cuidar também um pouco do meu próprio conforto.
Assim, fechou-se aporta ao clamor dos pobres a fim de não mais ouvir o choro dos flagelados e o lamento dos órfãos, e quando as viúvas passavam em pranto, perto da janela, ela as despedia vazias com um “Deus os favoreça”.
Deste modo os da igreja e os do mundo viajavam juntos na estrada da vida e ninguém senão o divino Mestre que lê os corações podia distinguir entre o povo do mundo e os membros da igreja...

Caros irmãos e irmãs :

Não é esta espetacular descrição alegórica da experiência da igreja apostólica, uma tremenda advertência para nós também? A história se repete. A igreja israelita se corrompeu com os costumes dos gentios quando entraram em Canaã. A igreja apostólica uniu-se, em matrimônio místico, com o mundo. Qual é, ultimamente, a tendência dos nossos jovens, na geração da nossa igreja?

Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento. Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus? CONVERTE-TE, ó Israel, ao SENHOR teu Deus; porque pelos teus pecados tens caído. Tomai convosco palavras de arrependimento, e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Tira toda a iniqüidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios. Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Quem é prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão. (Joel 2:12-17.) e (Oséias 14:1-9)

Deus tenha misericórdia da nossa geração!





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